Os Dursleys são a família que acolhe Harry Potter após o falecimento de seus pais. Petúnia é irmã de Lilian, mãe de Harry. Acompanhando a relação deles com Harry em todos os livros vemos como essa família nutre preconceitos e atitudes de gente miserável e mesquinha. Petúnia é omissa, além de detestável. Valter é rabugento e cruel e Duda, o filho do casal, não perde uma oportunidade de fazer da vida de Harry um inferno. Tendo vivido muitos anos dentro do armário debaixo da escada, cotidianamente maltratado e desprezado, Harry sentiu que seu lar de verdade era e sempre seria Hogwarts. No desenvolvimento da historia a família não muda muito, embora no ultimo livro, Duda reconheça que Harry não é um "desperdício", contraria os pais e de alguma maneira mostra ser grato por Harry ter salvo sua vida contra o ataque dos Dementadores. J.k Rowling publicou recentemente no Pottermore um texto sobre a família Dursleys que deve explicar um pouco do sentimento deles por Harry. Em outro momento trarei mais informações sobre a família Dursley com trechos do livro, aguardem..
Conto/Pottermore:
"O tio e a tia de Harry se conheceram no trabalho. Petúnia Evans, sempre amargurada pelo fato de que seus pais pareciam dar mais valor à irmã do que a ela mesma, deixou Cokeworth para sempre para cursar aulas de digitação em Londres. Isto a levou até um escritório onde ela conheceu o extremamente descrente em magia, opinativo e materialista Valter Dursley. Largo e sem pescoço, o executivo júnior parecia um exemplo de masculinidade para a jovem Petúnia. Ele não só retribuiu o interesse romântico dela, como também era deliciosamente normal. Ele tinha um carro perfeitamente correto, e queria fazer coisas completamente normais, e por todo o tempo em que ele a levou para uma série de encontros tediosos, durante os quais ele falava principalmente sobre si mesmo e suas ideias previsíveis no mundo, Petúnia sonhava com o momento em que ele colocaria um anel em seu dedo.
Quando, no devido tempo, Valter Dursley propôs casamento, muito corretamente, apoiado em um joelho na sala de estar da casa da mãe dele, Petúnia aceitou logo. Sua única preocupação era que seu noivo descobrisse sobre sua irmã, que agora estava em seu último ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Valter era apto a desprezar qualquer pessoa que usasse sapatos marrons com ternos pretos; e o que ele poderia fazer com uma jovem mulher que passava a maior parte de seu tempo usando longas vestes e lançando feitiços, Petúnia nem conseguia imaginar.
Ela contou-lhe a verdade em um dia triste e chuvoso, no carro escuro de Valter, onde estavam sentados observando a loja em que ele havia comprado alguns lanches pós-cinema. Valter, como Petúnia imaginou, estava completamente chocado; no entanto, ele disse à Petúnia que nunca usaria contra ela o fato de ela ter uma irmã esquisita e Petúnia atirou-se nele em um ato de violenta gratidão que o fez derrubar suas salsichas esmagadas.
O primeiro encontro entre Lilian, seu namorado Tiago Potter, e o casal de noivos foi mal, e o relacionamento só piorou a partir daí. Tiago se divertiu com Valter, e cometeu o erro de mostrar isso. Valter tentou apadrinhar Tiago, perguntando que tipo de carro ele dirigia. Tiago descreveu sua vassoura de corridas. Valter presumiu em voz alta que os bruxos deveriam viver de seguro-desemprego. Tiago explicou sobre o banco Gringotes e a fortuna que seus pais deixaram para ele, em ouro sólido. Valter não pôde dizer se o outro estava brincando ou não, e sua raiva cresceu. A noite terminou com Valter e Petúnia saindo muito irritados do restaurante, enquanto Lilian explodia em lágrimas e Tiago (um pouco envergonhado de si mesmo) prometeu consertar as coisas com Valter na primeira oportunidade que tivesse.
Isto nunca aconteceu. Petúnia não quis Lilian como dama de honra, pois ela estava cansada de ser ofuscada. Lilian estava magoada. Valter se recusou a falar com Tiago na recepção, mas o descreveu, para que ele pudesse ouvir, como “uma espécie de mágico amador”. Uma vez casados, Petúnia foi ficando cada vez mais parecida com Valter. Ela amava a pequena casinha quadrada deles, número quatro da Rua dos Alfeneiros. Ela estava segura, agora, de objetos que se comportavam de forma estranha, como bules de chá que entoavam músicas toda vez que ela passava, ou longas conversas sobre coisas que ela não entendia, com nomes como "Quadribol" e "Transfiguração". Ela e Valter optaram por não comparecer ao casamento de Lilian e Tiago. A última correspondência que ela recebeu de Lilian e Tiago anunciava o nascimento de Harry, e depois de uma olhada desdenhosa, ela a jogou no lixo.
O choque de encontrar seu sobrinho órfão em sua porta mais ou menos um ano depois foi, portanto, extremo. A carta que o acompanhava relatava como os pais dele haviam sido assassinados e pedia aos Dursley para tomarem conta dele. Ela explicava que, devido ao sacrifício feito por Lilian, que deu sua vida pela do filho, Harry estaria protegido da vingança de Lord Voldemort desde que ele pudesse chamar o lugar onde ainda existia o seu sangue de casa. O que significava que a casa da Rua dos Alfeneiros, número quatro, era o único santuário dele.
Antes da chegada de Harry, Petúnia havia se tornado o mais determinado dos Dursley em suprimir todos os comentários sobre sua irmã. Petúnia tinha alguns sentimentos latentes de culpa pelo modo como ela cortou a irmã (quem ela sabia, em seu coração secreto, que sempre a havia amado) de sua vida, sentimentos estes que foram enterrados sob o ciúme e amargura consideráveis. Petúnia também havia mantido dentro de si mesma (e nunca confessado a Valter) que há muito tempo atrás, tinha esperanças de que pudesse apresentar sinais de magia e ser mandada para Hogwarts.
Lendo o conteúdo chocante com a letra de Dumbledore, no entanto, que contava a ela quão bravamente Lilian havia morrido, ela sentiu que não havia outra escolha a não ser acolher Harry e o criou ao lado de seu próprio filho amado, Duda. Ela o fez de má vontade, e passou o resto da infância de Harry punindo-o por escolha própria. A antipatia do tio Valter foi mantida à parte, como a de Severo Snape, pela semelhança com o pai que ambos desgostavam.
As mentiras deles para Harry sobre como os pais dele morreram foram baseadas largamente em seus próprios medos. Um bruxo das trevas tão poderoso como Voldemort assustava-os muito, e como todas as mentiras que encontravam eram perturbadoras ou de mau gosto, eles as empurravam para o fundo de suas mentes e mantinham a história do “acidente de carro” tão consistente que com o tempo eles quase chegaram a acreditar que era verdade.
Embora Petúnia tenha crescido ao lado de uma bruxa, ela era notavelmente ignorante em magia. Ela e Valter compartilhavam uma ideia confusa de que eles, de alguma forma, seriam capazes de “espremer” a magia para fora de Harry e na tentativa de jogar fora as cartas de Hogwarts que chegavam no aniversário de onze anos de Harry, eles caíram de volta na antiga superstição de que bruxas não podem cruzar água. Como ela tinha frequentemente visto Lilian pular córregos e atravessá-los pisando sobre as pedras durante sua infância, ela não deveria ter se surpreendido quando Hagrid não teve dificuldade em fazer o seu caminho através do mar tempestuoso até a cabana de pedra."
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Os pensamentos de J.K. Rowling
Petúnia e Valter foram assim chamados desde sua criação, e nunca tiveram uma lista de nomes experimentais, como muitos outros personagens tiveram. “Valter” é simplesmente um nome com o qual eu não me preocupei muito. “Petúnia” é o nome que eu sempre dei às personagens femininas desagradáveis em jogos de faz-de-conta que eu jogava com a minha irmã, Di, quando ela era bem mais nova. Eu não tinha certeza do nome quando consegui escrever, mas um amigo meu me deu uma série de filmes de informações públicas que eram mostrados na televisão quando éramos jovens (ele coletou tais filmes e colocou-os no notebook para diversão). Um deles era uma animação em que um casal sentou em um penhasco curtindo um piquenique e assistindo um homem se afogar no mar abaixo deles (a mensagem do filme era “não acene de volta – chame o salva-vidas”). O marido chamou a mulher de Petúnia e de repente eu me perguntei se não havia sido dele que eu havia retirado este nome improvável, pois eu nunca conheci nenhuma pessoa chamada Petúnia ou, pelo que eu me lembre, li sobre elas. O subconsciente é uma coisa muito estranha. A personagem Petúnia do desenho era gorda, com caráter alegre, então a única coisa que eu poderia ter pego era o seu nome.
O sobrenome Dursley foi tirado de uma cidade com o mesmo nome, em Gloucestershire*, que não é muito longe de onde eu nasci. Eu nunca visitei Dursley, e eu espero que seja cheia de pessoas charmosas. Foi o som da palavra que me fez recorrer a ela, e não qualquer associação com o local.
Os Dursley são reacionários, preconceituosos, intolerantes e ignorantes. A maioria das minhas coisas menos favoritas. Eu queria sugerir, no final do livro, que alguma coisa decente (um amor há muito esquecido, mas que ainda queima por sua irmã; a percepção de que ela nunca mais verá os olhos de Lilian novamente) quase saiu de tia Petúnia quando ela diz adeus à Harry pela última vez, mas que ela não é capaz de admitir, ou mostrar seus sentimentos há muito enterrados.
Embora alguns leitores tenham esperado mais da tia Petúnia durante esta despedida, eu ainda penso que eu a fiz se comportar de uma maneira mais consistente com seus pensamentos e sentimentos ao longo dos sete livros anteriores.
Ninguém nunca pareceu esperar nada melhor do tio Valter, então eles não ficaram desapontados.
[Pottermore] J.K. Rowling revela por que os Dursley não gostavam de Harry
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Oleh
Professor Augusto Junior