sexta-feira, 6 de novembro de 2015

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O Último Reino ( Crônicas Saxônicas- Livro 1)

ALERTA: contém spoiler.


Todo primeiro livro de uma serie/saga tem a missão clara de garantir que o leitor permaneça interessado na historia e busque os outros livros. Se ele falhar a historia toda falha. O Ultimo Reino realizou com excito esse entendo. 

É no primeiro livro que as “peças de xadrez” são dispostas no tabuleiro, os personagens são apresentados e desenvolvidos. Vimos a trama que tirou o protagonista Uhtred de seu família biológica e o levou à uma família de criação, uma família que talvez tenha o amado mais, senão pelo menos lhe deu mais liberdade ainda que estivesse simbolicamente cativo.




Uhtred viveu uma infância pagã, criado com os Dinamarqueses como um refém, embora com o passar do tempo ele fosse tratado como um filho por Ragnar, o homem que matou sua família. Ragnar era um verdadeiro guerreiro, homem forte, perigoso, mortal, porém sabia rir e ser feliz permitia-se os bons momentos sem que por isso fraquejasse em batalha. Uhtred servia como olhos para o pai de Ragnar, um sábio senhor cego de astucia inegável, em outros momentos Uhtred estava entre outros reféns trabalhando com os barcos ou com o carvão ou servindo de tradutor em reuniões. Ragnar tornou-se admirado por Uhtred, eles tornaram-se pai e filho pelos laços de carinho. 

A trama se segue, muitos personagens são apresentados. Vamos sendo cativados por alguns e repelidos por outros. Uhtred se verá num conflito para decidir onde é seu lugar: entre os saxões e o Rei Alfredo (que eu particularmente desprezo) ou com os dinamarqueses que embora tenham lhe tirado muito lhe ofereceram ainda mais. Também tem de enfrentar a pressão Saxã para que ele se torne cristão, pressão exercida especialmente pelo devoto rei Alfredo e o Padre Beocca. Entre os dinamarqueses ele era livre e podia encantar-se pelos deuses nórdicos como Odin, mas entre os saxões o Deus "Único e Verdadeiro" lhe era imposto. Entre um conflito e outro sempre havia na sua mente e coração a ideia de retornar a sua terra natal, sua verdadeira terra na Nortúmbria, Uhtred queria reconquistar seu domino em Bebbanburg. Nosso protagonista é jovem e orgulhoso e isso o move num caminho de descobertas e provações para si mesmo e para os outros. O pequeno órfão de dez anos logo se tornará um jovem e destemido guerreiro.

A arte do livro é muito boa, tem imagens bem elaboradas que permite que você coloque os livros lado a lado em sequencia e veja que a imagem de uma capa se junta com a outra. Nas primeiras paginas encontraremos um mapa da região onde a historia se desenvolve, é muito interessante porque podemos acompanhar através dele os passos dos personagens durante o desenvolvimento da trama. 



A narrativa tem duas propostas, primeiro apresentar os conflitos e dominações entre os povos. Veremos o grande e poderoso exercito dinamarquês que dominará vários reinos até encontrar o ultimo e mais difícil de conquistar, esse é o reino de Wessex, comandado pelo astuto e devoto rei Alfredo. Muitas batalhas serão travadas, estratégias apresentadas, morte e sangue banharão algumas paginas. 

A escrita da historia é tranquila e fácil de ler, em exceção aos nomes dos personagens e dos lugares, mas é preciso observar que o livro é narrado em pelo protagonista, Uhtred, e se passa numa era medieval. Assim a linguagem apresenta bem as características de alguém que viveu nessa época. Vamos encontrar muitas situações em que se mencionam estupros, coisa que realmente aconteciam no ‘nosso mundo’ quando povos entravam em conflitos por dominação. Em alguns momentos haverá uma descrição pejorativa de pessoas gordas, em outros momentos expressões como “dor no cú” podem ser usadas. A questão pejorativa me incomodou, mas tentei observa a cena vindo mesmo de alguém que viveu na época da história e que dificilmente nos falaria de outra maneira. Esse seria o ponto negativo do livro, no mais a historia é boa, envolvente e nos instiga a querer saber mais dessas batalhas e tramas de poder.

Em toda história do livro veremos nomes de deuses nórdicos e lugares pertencentes à sua mitologia, então trouxe para vocês um pouco desse assunto:


MITOLOGIA NÓRDICA


ODIN – O maior dos deuses, senhor das magias, da sabedoria, governante de Asgard. Odin para ter sabedoria fez alguns sacrifícios contra si mesmo: atirou um de seus olhos no poço de Mimir em troca de um gole de sabedoria, se enforcou ou dependurou-se na árvore cósmica Yggdrasil, para obter as Runas e foi revivido por magia em seguida. Ele se mantinha informado sobre os acontecimentos em toda a parte através de seus dois corvos, Hugin (Pensamento) e Munin (Memória), que vigiavam o mundo e contavam tudo o que se passa e o que já se passou. Odin tornou-se chefe do panteão nórdico devido ao seu gosto pelas batalhas e no salão de sua fortaleza reunia os vencidos em batalhas. Odin é a figura central entre os deuses nórdicos, pois era símbolo de bravura. O nome quarta-feira (Wedsneday, em inglês), referente a um dia da semana era dedicado ao deus. 

BURO – Primeiro deus da mitologia nórdica, pai de Borr e avô de Odin. Foi criado pela vaca Audumla que lambia o gelo salgado e Ginnungagap.

BORR – Filho de Buro, pai de Odin, Vili e Ve. Casou-se com Bestla, filha do gigante Bölthorn com a qual teve seus três filhos. 

THOR – Deus dos trovões, considerado o mais fortes entre os deuses e o mais adorado entre os povos germânicos, por isso teve a maioria dos templos em sua homenagem. Filho de Odin com Jord, Thor tinha em seu martelo Mjolnir sua principal arma, com a qual produzia raios. Considerado grande para um deus, de um apetite grande e extremamente forte, adorava disputa por poder e era o campeão entre os deuses contra os inimigos, os gigantes do gelo. Era casada com Sif, deusa da colheita, com quem teve uma filha chamada Thurd, além de mais 2 filhos com a gigante Jarnsaxa, Magni (força) e Modi (coragem). A quinta feira era dedicada a deus, sendo chamado dia de Thor (Thursday em inglês).

LOKI – Deus do fogo, símbolo da maldade, traiçoeiros e de pouca confiança, também estava ligado à magia, podendo assumir várias formas. Possui grande senso de estratégia e habilidades para seu interesse. Mantém boas relações com Odin e foi companheiro de Thor em inúmeras aventuras. Loki era pequeno, de olhos vivos e malignos, sedutor, dormiu com todas as deusas e depois gabava-se do feito perante os maridos traídos. Sua esposa era Sigyn, com quem teve os filhos Nari e Narfi. Também uniu-se a gigante Angrboda, com a qual teve 3 filhos monstruosos: o lobo Fenrir, a serpente Jormungand e a deusa Hel.

FREY – Filho de Njord e irmão de Freya, casado com a gigante Gerda. Era um deus caracterizado pela beleza e força e comandava o tempo, a prosperidade, a fertilidade, alegria e a paz. Era também considerado o deus da agricultura. 

FREYA – Deusa do amor e da fertilidade, também deusa da magia e da advinhação. Teve vários deuses com amantes. Segundo seu mito sempre esteve a procura de Odur, seu marido perdido, enquanto chorava suas lágrimas se transformavam ouro e âmbar. Acompanhava Odin nas batalhas e compartilhava os mortos das guerras, onde metade dos guerreiros mortos iam para o seu palácio. 

TYR – Deus do céu, da luz e dos juramentos. Filho de Hymir, passou a ser depois considerado filho de Odin devido a sua bravura em batalhas. Era representado como um homem sem a mão direita, decepada por Fenrir quando os deuses prenderam o monstro, durante uma prova imposta pelos deuses ao monstro. Tinha como símbolo a lança, representado como símbolo de justiça.

VE – Irmão de Odin, filho de Bor e Bestla. Ve era conhecido na mitologia nórdica por dar aos homens os dons da fala e da palavra. 

VILI – Também irmão de Odin e Ve. Na mitologia Vili foi respondavel por dar a humanidade os dons da emoção, sentimentos e pensamentos.

AEGIR – Deus do Mar, da raça dos Vanir. Cultuado e temido pelos marinheiros, acreditava-se que Aegir aparecia para tomar a carga, homens e navios com ele leva-los para seu salão no fundo do oceano. Antes de começar alguma viagem os marinheiros faziam sacrifícios, especialmente de humanos, para apaziguar sua ira. Era casado com a deusa Ran com quem teve nove filhos. Aesir nem sempre é considerado um deus, mas sim um gigante amistoso dos deuses, sendo Njord considerado o deus do mar. Aegir seria o comandante das criaturas marinhas, conhecidas como Fjortun. Tinha dois serviçais, Eldir e Fimafeng, sendo este morto por Loki em um banquete no palácio de Aegir.

ALFADUR – É considerado o deus supremo da mitologia nórdica. Será responsável pela criação do novo mundo após o Ragnarok. Confundido com Odin, Alfadur é representado como um deus incriado e infinito.

BALDER – Filho de Odin e de Frigg, da raça dos Ases, divindade da justiça e da sabedoria. Seu episódio mais notável no mitologema está relacionado à sua morte: certa vez teve sonhos em que sua via estava ameaçada, situação que chegou a perturbar os deuses. Odin determinou o destino de Balder e tomou precauções para que nada acontecesse com ele. Frigg fez com que todas as coisas e todos os seres do mundo fizessem um juramento para que nunca ofendessem o bondoso Balder. Loki, um deus que praticava o mal, disfarçou-se de mulher e comentou com Frigg que todos os seres fizeram o juramento, menos um pequeno broto, o visco, que não jurou tal lealdade. Por ser um broto, Frigg não acreditava que tal planta faria algum mal a Balder.
Em uma festa promovida pelos deuses, os mesmos, para testar a fidelidade dos seres e coisas, começara a atirá-las em Balder e nada lhe acontecia. Apenas um dos deuses, Hord, não participava da brincadeira por ser cego. Loki perguntou a Hord porque ele não participava e o mesmo disse que por ser deficiente não podia participar, pois não sabia em que direção atiraria. Loki sugere que ele também tente e lhe entrega uma flecha feita pelo visco que não prometera lealdade a Balder. Hord, guiado por Loki, atira a flecha em Balder que o mata instantaneamente. Frigg então suplica para alguém ir até o reino de Hel, a deusa do submundo, para buscá-lo, missão que Hermond, outro filho de Odin, ficou de concretizar. Hel concordou que Balder voltasse, mas com uma condição: que todos os seres da terra chorassem por ele. Todos os seres choraram, com exceção de Loki, que não o fez. Segundo o mito, Balder retornaria depois do Ragnarok, construindo um novo mundo.

FRIGGA – Principal deusa do panteão germânico, esposa de Odin, deusa da fertilidade e da união. Detentora de enorme sabedoria tinha o poder da profecia e sabia do destino dos homens, mas não os revelavam. Seu principal mito está ligado ao de Balder. 

GERDA – Deusa considerada a mais inteligente e a mais bela do panteão nórdico. Se principal mito refere-se a sua relação com o mortal Mefym. Este a pediu em casamento e ambos foram viver em Asgard. A deusa, ao descobrir que seu amado matou sua irmã, Ninia, tentou matá-lo e ele, como castigo, selou a alma de Gerda no Nilfheim. Desde então Gerda tornou-se a deusa das almas perdidas. 

HEIMDALL – Guardião do Brisfot, a ponte arco-íris que conduzia a Asgard. O mito caracterizava-o como um ser que tinha visão e audição extremamente apurada e nunca dormia. Munido de sua corneta Giallarhorn, avisava aos deuses quando os seus inimigos se aproximavam. No Ragnarok estava destinado a enfrentar Loki, e logo após morrer devido aos ferimentos. Era também considerado o deus das estratégias. 

HEL – Deusa do submundo, filha de Loki com a gigante Angrboda. Tinha como irmãos o lobo Fenris e a serpente Midgard, monstros inimigos dos deuses. O mundo inferior é chamado de Helheim. Segundo o mito Hel foi enviada para esse local por Odin. O mundo de Hel ficava as margens do rio Nastronol. Em seu reino iam as pessoas que morriam por doença ou velhice. Tinha como companheiros a Fome, a Inanição, o Atraso, a Vagareza, o Precipício e o Sofrimento. Era representada metade de seu corpo como de uma linda mulher, e a outra parte de um corpo terrível em decomposição.

HODR – Deus cego que matou Balder. Incentivado por Loki a participar da festividade dos deuses, Loki o fez atirar em Balder uma flecha feita pelo visco que não lhe prestara fidelidade. Balder logo após foi morto. Acabou sendo morto por Vali.

HOENIR – Deus caracterizado por uma grande beleza. Foi entregue por Odin para viver com a outra família de deuses, os Vanir. Era companheiro de Odin e Loki nas corridas através do mundo e ajudava Odin nas transformações mágicas. Na criação o homem Hoenir deu a este a alma. 

IDUN – Deusa a poesia, esposa de Bragi. Tinha uma grande beleza e era estimada dos deuses. Era a guardiã do pomar sagrado e servia aos deuses uma maçã por dia que mantinha a juventude e a força. Idun era a responsável pela imortalidade dos deuses. Seu principal mito gira em torno da acusação de adultério feira por Loki. O mesmo para especificar tal acusação faz a seguinte afirmação: "Idun aperta em seus braços o assassino de seu irmão". Também há o episódio com o gigante Thiasi que por ela se apaixonou e a sequestrou, transformando-se em águia.

JORD – Deusa do Midgard (terra), mãe de Thor e irmã de Njord. Devido a sua atribuição Jord não reside em Asgard com os outros deuses, mas sim na terra, cuidando-a. 

MIMIR – Guardião da fonte da sabedoria que banhava uma das raízes da árvore Yggsdrasil. A água da fonte era tão preciosa que Odin, para bebe-lá, teve que abandonar um dos seus olhos. Era considerado o mais sábio dos deuses, conhecimento obtido ao beber a água desta fonte. Teve sua cabeça decepada, mas Odin a manteve viva para consulta-lá a fim de tornar-se onisciente. Seu nome se interpretava como “aquele que pensa”. 

NJORD – Deus do mar dos Vanes, pai de Frey e Freya. Era considerado um deus pacífico, protetor dos pescadores e marinheiros. Estes em agradecimento depositavam oferendas em altares construídos próximos aos rios e mares. Njord casou-se com Skadi, deusa do inverno e da caça. Skadi o escolheu através de um critério que era observar os pés dos deuses, a procura dos pés mais limpo e bonitos. Njord foi o escolhido mas a relação entre ambos logo desfez porque Skadi não conseguia viver nas encostas oceânicas e Njord não conseguia viver nas montanhas, devido as constantes mudanças, daí advindo a criação das estações do ano.

NANNA – Esposa de Balder, filha de Nep. Quando Balder é assassinado se desespera e joga-se na pira funerária com seu amado. 

NORNAS – As três senhoras do destino humanos, chamavam-se Urd, Werdandi e Skuld. Conhecedoras dos preceitos ancestrais, dos costumes antigos e sabiam, assim, que destino de vida dar a cada um. Não só os humanos, mas os deuses estavam submetidos aos seus poderes. A cada uma delas era atribuído um conhecimento: a Urd o passado, a Werdandi o presente e a Skuld o futuro. 

SIF – Esposa de Thor, mãe de Uller e Thurd. Deusa da excelência e da habilidade em combate, Sif apreciava os guerreiros leves e habilidosos. Tinha cabelos dourados feitos pelos Trolls (anões) depois que Loki o cortara.

SKADI – Deusa do inverno e da caça, casou-se com Njord, relação desfeita por não conseguirem viver juntos em cada um dos seus habitat. Era filha do gigante Pjazi, assassinado por Loki, decide vingar-se da raça dos Aesir. Estes, não sendo capazes de se defenderem batendo em uma mulher, decidem que ela escolhesse um entre eles para casar-se, advindo desta escolha Njord. Desta relação nasceram Frey e Freya. Mais tarde casou-se com outro deus dos Aesir, Uller.

ULLER – Deus da justiça e dos julgamentos, também considerado patrono da agricultura. Era filho de Thor e Sif. Casou-se com Skadi. 

VALI – Filho de Odin, vivia obcecado pela dor que lhe causara a morte de Balder, de tal modo que não tinha sequer tempo para lavar as mãos ou pentear os cabelos.

VALQUÍRIAS – Na mitologia nórdica são deusas secundárias a serviço de Odin. São descritas como belas jovens cavalgando em cavalos alados, armadas com elmos e escudos, sobrevoando os cambos de batalhas na escolha dos guerreiros abatidos em guerra que serão levados ao Valhala. Os poetas as representavam como virgens com plumagem de cisnes, com capacidade de voarem através dos céus. Comumente postavam-se as margens dos lagos e, segundo lendas, se um homem conseguisse apoderar-se de sua plumagem as teriam como escravas. A escolha desses guerreiros era ordenada por Odin, que precisa recolher os melhores guerreiros para a batalha do Ragnarok. Também eram mensageiras, e quando cavalgavam pelos céus, devido ao brilho de suas armaduras as reconhecia através do fenômeno da aurora boreal. O compositor Richard Wagner, inspirado no mito, compôs uma ópera chamada “As Valquírias”. 

VIDAR – Filho de Odin, associado à vingança. Conhecido com valente e audaz, mas desprovido de inteligência. No Ragnarok será o responsável pela morte do lobo Fenrir, sobrevivendo ao crepúsculo dos deuses e sucedendo seu pai no novo mundo. 

BRAGI – Filho de Odin, deus da poesia e da sabedoria, esposo de Idun. O episódio que lhe cabe na mitologia é a acusação de Lóki de classificá-lo como um deus afeminado. Idun, ao defendê-lo, foi acusada de ser uma deusa lasciva.

FORSETI – deus da justiça e da meditação, filho de Balder e Nanna. Era responsável por julgar as disputas entre deuses e homens. Prometeu que em seu tribunal deuses e homens sempre chegariam a um acordo. Era conhecido como imparcial, porque só assim a justiça seria alcançada. 

MAGNI – filho de Thor, seu principal mito é ter salvado a vida de seu pai quando este abateu o gigante Hrungnir que acabou caindo por cima do deus. Todos tentaram libertá-lo, mas só Magni conseguiu o feito. Após o Ragnarok Magni recebera o martelo mágico Mjöllnir de seu pai, tornando-se o deus mais forte na nova era dos deuses. 

EIR – deusa conhecida por sua habilidade de cura e conhecedora da ressurreição, uma das deusas da montanha Lifia. Protetora dos trabalhos saudáveis, segundo a mitologia Eir entrega a todas as mulheres suas curas, ensinando os segredos das artes medicinais. 

FULLA – divindade menor da mitologia, irmã de Frigga. É a guardiã da caixa mágica de sua irmã.

GEFJUN – deusa associada à agricultura e a virgindade, a ilha dinamarquesa de Zelândia e ao rei sueco Gylfi. Segundo a mitologia a deusa desapareceu onde hoje é o lago Malarem, e nesse local foi formada a ilha Zelândia. No Edda é descrito que todos os que morrem virgens tornam-se assistente da deusa. 

HLIN – uma das 3 serviçais de Frigg, junto com Fulla e Gná. Seu nome significa protetora.

RIND- segundo a mitologia é descrita como uma giganta, uma deusa ou uma princesa humana, e teve com Odin o filho Váli. Sua maior fonte está no livro III do Gesta Danorum, de autoria de Saxo Grammaticus, onde é descrita como uma princesa dos rutenos. Após a morte de Balder Odin consulta uma vidente para saber como poderia se vingar e está lhe dar como sugestão dirigir-se ao país dos rutenos. Chegando lá, sob disfarce de guerreiro, o deus é recusado pela princesa por 2 vezes. Quando Rind adoece, Odin se disfarça de curandeira e a encontra para ajudá-la. . Por sua sugestão pede para o rei amarrar a filha na cama e assim Odin a estuprou e dessa relação nasceu Bous, que vingaria Balder.

COMO TUDO COMEÇOU

Morte de um gigante está no início do Universo

As lendas nórdicas não têm uma versão única. Há variações nos deuses e nas descrições de como o mundo foi criado. Um dos mitos diz que Odin e seus irmãos mataram um gigante, Ymir, formado de fogo e gelo. O corpo dele virou, então, a matéria-prima para a criação do mundo:

Restos do gigante: carne

O que virou: a terra

Restos do gigante: ossos

O que virou: as pedras

Restos do gigante: sangue

O que virou: os rios e o oceano

Restos do gigante: cérebro

O que virou: as nuvens

O MUNDO NÓRDICO

Yggdrasil, a árvore da vida, tem três níveis

ASGARD

É onde vivem quase todos os deuses. A paz por lá só reinou após muito quebra-pau entre eles. Asgard é cheia de grandes salões, como o grandioso Valhalla, salão de Odin.

MIDGARD

Os humanos vivem aqui. Midgard é cercada por um vasto oceano e é ligada a Asgard pela Bifrost, uma ponte em forma de arco-íris vigiada pelo deus Heimdall.

JOTUNHEIM

Região dentro de Midgard habitada por gigantes, raça que vive em conflito com os deuses. Lá fica uma fortaleza chamada Utgard, palco de várias aventuras de Thor.

NIFLHEIM

O terceiro e último nível é o domínio dos mortos. É um local gelado, onde a noite não tem fim e aonde os homens de mau caráter são enviados após a morte.



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Oleh