Os samurais são personagens
históricos do Japão feudal que ainda hoje povoam o imaginário e as histórias de
diversos filmes e animações. Surgindo principalmente no período feudal, o termo
samurai significa originalmente “aquele que serve ao senhor”. Inicialmente, os
samurais tinham funções relacionadas à monarquia que imperava no Japão.
Instituídos no período Heian (794 – 1192) eles exerciam funções administrativas
estando acima da criadagem comum dos salões imperiais.
Dessa forma, o caráter
militar dos samurais foi estabelecido em outro contexto histórico e social. No
século XI, as disputas políticas entre as autoridades provinciais e os
proprietários de terra possibilitaram a criação de milícias que visavam
defender o interesse de autoridades do governo ou dos grandes proprietários de
terra. Formando uma sólida classe, os samurais organizaram formas de
conhecimento e combate repassadas aos clãs guerreiros incumbidos das questões
militares.
Mais do que desenvolver
técnicas de combate, os samurais também se preocuparam em criar um rígido
código de valores morais que deveria nortear o comportamento de um guerreiro
samurai. Estabelecendo forte vínculo de fidelidade ao seu senhor, o samurai
sempre fazia referência à sua linhagem e ao senhor quando entrava em combate. O
forte prestígio dessa classe guerreira fez com que estes gozassem desse
privilégio de forma hereditária, ou seja, somente um filho de samurai poderia
se tornar um samurai.
A condição abastada dos
samurais criou diversos mecanismos de distinção social que indicavam a condição
de samurai. A armadura era uma vestimenta que indicava o poder e prestígio
galgado por um guerreiro. Além disso, um código de princípios foi criado para
se moldar o comportamento de um guerreiro samurai. No chamado Bushido, eram
estipulados os valores que guiavam a vida de um samurai. Ele deveria ter uma
relação de intimidade com sua espada (katana), chegando a acreditar que o
armamento carregava sua alma.
Destemido, um samurai não
deveria ter medo da morte e considerar o assassinato de seus inimigos uma parte
normal de suas obrigações. Em combate, deveria defender o seu senhor, ou a
honra própria e de seus ancestrais. Caso falhasse em uma missão ou fosse
culpado pela morte de seu senhor, a desonra da derrota deveria ser punida com
um ritual de suicídio conhecido como “harakiri” ou “seppuku”. Quando perdia seu
senhor, o samurai se tornava um ronin, um samurai sem senhor. Caso não
encontrasse um novo senhor, o ronin vendia sua espada ou praticava crimes para
sobreviver.
Fora dos confrontos, o
samurai deveria valorizar a prática de atividades culturais e o desenvolvimento
de outras habilidades. A criação de arranjos florais, o teatro nô e a poesia
estavam entre as principais atividades apreciadas por um samurai. Além disso, o
samurai deveria ser um fervoroso praticante da religião budista.
O estilo de vida dos
samurais influenciou fortemente a cultura japonesa. Uma extensa literatura sobe
samurais ainda é consumida pelo povo japonês. Além disso, diversas lutas e
esportes desenvolvidos na cultura nipônica têm inspiração nos saberes dos
samurais. A esgrima, o arco e flecha e outras artes marciais são alguns dos
esportes influenciados pela sabedoria dos samurais.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Cultura Japonesa: SAMURAI
4/
5
Oleh
Professor Augusto Junior
1 comentários:
Escrever comentáriosAMO a cultura japonesa, que bom que está fazendo postagens a respeito disso *-*
Responderhttp://vihpaula.blogspot.com.br/