Quando eu nasci essa pergunta já
esta i, solta no ar: O que é o amor? Por algum tempo, eu especulei mil e uma
coisas sobre o amor. Considerando apenas que essa pergunta se resumisse a amor
de casal. O erro certamente estaria nessa redução da minha visão. Não foram
poucas vezes que eu cheguei a duvidar que o amor existisse, quando, no entanto
eu apenas poderia duvidar da existência desse. Ouvi falar de Romeu e Julieta, Tristão
e Isolda, Merlin e Viviane. Tantas estórias dos mais loucos amores, a mais
encantadora com certeza não foi de Romeu e Julieta, não me agrada nada à ideia
de morrer, entretanto entendo bem o que é sua família ir contra seu ideal de
amor. A estória de Merlin e Viviane trazem-me fantasiosos pensamentos sobre o amor, vale
lembrar que existem varias versões do conto, umas com muita perversidade e
outras com pureza, me atento à um especifico onde Viviane realmente amava Merlin.
( Resuminho do conto: Merlin, a
figura do sábio e barbudo mago, que possivelmente já passou dos cem anos de
idade, fui de encontro ao amor jovem de Viviane ( abre parênteses ( sempre
lembro do Haymitch quando falo “amor jovem”) Fecha parênteses) . A moça com
jeito de fada, que poderíamos nomear Viviane Le Fey, foi a pessoa que Merlin
mais amou romanticamente. Ele seria capaz de fazer tudo e qualquer coisa por
ela. Em certo momento do conto, Viviane pede ao mago que lhe ensine um poderosíssimo
feitiço, que nem ele pudesse quebrar. E Merlin não se nega, mesmo sabendo das
intenções de Viviane. Por fim ela, que desejava o amor eterno e fiel de Merlin
apenas para si, utilizando-se desse feitiço, os aprisionou juntos além do tempo
e do espaço. Foi por amor que Merlin aceitou ensinar e por amor Viviane os
manteve eternamente juntos. Em outras versões da estória Viviane é uma mulher perversa
e cruel que enganou o mago para aprisiona-lo)
Não que eu goste da ideia de amor
que aprisiona. Acho que o amor romântico é condenado a esvair com o tempo, a
menos que seja mágico como o do conto. O que é amor? Talvez uma infinidade de
coisas e misturas de sentimentos entre pessoas, mas amor não é uma coisa
simples. Existe carinho, fidelidade, zelo, sede de presença, calor de corpos e
muitas outras coisas dentro do amor, dos amores. Foi somente quando encontrei essa
importante pista na explicação do amor que chegue mais perto de entendê-lo.
Passei então a denominar o amor de casal como “amor romântico” e fui buscando
compreender mais das outras formas de amor. Nem é algo difícil de imaginar,
existe o amor dos pais com os filhos, dos filhos com os pais, dos irmãos, dos
amigos, das pessoas com os animais, dos animais com as pessoas. Quando uma
pessoa fala “o amor não existe”, ela está cometendo um pecado, não no sentido
religioso da palavra, mas numa perspectiva de falhar grave e rudemente contra
algo.
Sobre todas essas outras formas
de amor não me restam muitas duvidas, o “romântico”, sim. Dentre os que citei
muitos são amores familiares, e devo acrescentar minha visão nisso. A quem diga
coisas que poderiam nos fazer presumir que esse amor é tão natural quanto obrigatório,
e não é. Não acredito que os filhos simplesmente amem os pais por um laço de
sangue, nem mesmo pelo simples fato de serem criados como pais e filhos. Fosse
assim, não haveria filhos que odeiam pais e nem pais que odeiam filhos, ou
irmãos que se odeiam. E deixo mais um observação do obvio: se laços de sangue
fossem o único pilar do amor, filhos adotivos não amariam seus pais adotivos (
outra hora eu falo de adoção).
O amor é uma construção,
poder-se-ia acreditar que os filhos crescem amando absolutamente os pais, mas
não é algo tão simples, é como Saint-Exupery nos transmite através do pequeno príncipe
“Foi o tempo que você dedicou a sua rosa que a fez tão importante...”. Essa afirmativas contêm, talvez, a
maior observação que já encontrei sobre o amor: é preciso dedicação para cria-lo e mantê-lo. É vital entender isso. Vou dar
um exemplo: um pai é distante, não dá carinho aos filhos e sempre joga na cara
deles que trabalha muito para comprar-lhes tudo que tem, por vezes afirma ir
embora se os filhos lhe desobedecessem e os espanta com ameaça da fome e miséria.
Não é, absolutamente não, o dinheiro do pai que vai fazer os filhos ama-los,
não há dinheiro que compre amor verdadeiro, assim como não poderá haver feitiço
algum que crie um amor assim. Acreditem, alguns filhos odeiam seus pais.
Ainda pensando no que é o amor, essencialmente
ele é uma construção e o resultado da mesma. São nossas ações, nossos gestos e
cuidados que vão fazer com que alguém nos ame e os cuidados com esse amor o
manterão vivo. Assim como numa construção o amor pode ser mais ou menos
resistente, de acordo com o tratamento que damos a ele.
O amor “romântico” não é meu
ponto forte, mas em contraponto sei muito dos outros tipos de amor. Um deles está
relacionado à minha profissão, eu amo imensamente meu trabalho. No ano de 2014
exerci função de Coordenador no projeto Escola Cidadã em uma escola da minha
cidade. Antes mesmo de ir pra Escola eu já tinha um sentimento por lá, é a
escola que eu escolhi, anos atrás fiz meu primeiro estagio nela, reconhecia o
perfil dos alunos e da comunidade, e sabia que meu lugar era ali. Antes desse
cargo eu só havia trabalhado com alunos com necessidades educacionais
especiais, e mantinha meu foco profissional e de estudos nisso, mas meus alunos
do projeto eram os alunos típicos das escolas regulares ( escolas comuns,
alunos “comuns”). E eu me apaixonei por eles de cara. Com o tempo e meu
trabalho com eles passei a ter um carinho e um amor, me sinto um pouco pai de
cada um deles, e se vocês procurarem saber, vão ver que fui mesmo um pai pra
eles. Adotei-os com todo meu carinho e amor e fiz do nosso tempo juntos uma
oportunidade de grandes aprendizagens.
Outra hora venho falar de obsessão
e amor platônico ( são temas que eu gosto).
Findando, o amor é e sempre vai
ser o resultado da mistura dos sentimentos e cuidados que temos por algo e alguém.
AME MAIS! (não é a propagando do Boston
Medical group, okay?).
Tecendo comentários sobre Amor
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Oleh
Professor Augusto Junior
6 comentários
Escrever comentáriosOlá :) Primeiramente agradeço pela sua visitinha lá no meu blog literário. ;) *-*
ResponderAmei essa sua postagem! *-* Ficou perfeita!!! <3 :') Sou muito romântica e gosto muito de coisas e textos apaixonantes, sem dúvida, esse texto ficou ótimo e muito bem feito, pois, nos mostra algumas formas de "amor", o mesmo é o maior sentimento que existe. *-* :) Estou seguindo o seu blog! ;) Sinta-se a vontade para visitar o meu blog quando puder e quiser. ;D *-*
Blog: http://my-stories-wonderful-books.blogspot.com.br/
Página:https://www.facebook.com/BlogWonderfulBooks
Sou blog é encantador. Vou amar ainda mais se você fizer Fanfics do Maze Runner rsrs
ResponderBoas atitudes não podem fazer o amor florescer. Não se pode "comprar" o amor com boa educação ou refinamento. Apesar de ter gostado do texto, não posso deixar de manifestar minha opinião.
ResponderAcho que a melhor forma de viver é aceitar a verdade de que às vezes, o amor pode doer.
Não esqueça de comentar em
Responderhttp://futuroerealidade.blogspot.com.br/…/capitulo-3-parte-…
Felipe, não entendi seu comentário ( mesmo depois de reler meu texto), mas agradeço a visita. Vou visitar seu blog também. Abraços. " Ainda pensando no que é o amor, essencialmente ele é uma construção e o resultado da mesma. São nossas ações, nossos gestos e cuidados que vão fazer com que alguém nos ame e os cuidados com esse amor o manterão vivo. Assim como numa construção o amor pode ser mais ou menos resistente, de acordo com o tratamento que damos a ele."
ResponderOlá Augusto!
ResponderSou a Gabi do G-GlamZ e nos conhecemos pela comunidade dos bloggers no facebook!
Eu amei o conteudo do seu blog, sou uma menina das letras.. então você já pode imaginar né! Eu concordo muito com a visão de Saint-Exupery, porém também acredito que amor tem muito a ver com aceitar as diferenças! =D
Estou passando por aqui para deixar um recadinho e divulgar o meu também, depois passa lá e faz uma visita!
www.g-glamz.com
@g.glamz