Titulo: Prayers for Bobby / Rezando Por Bobby (BR)
Estados Unidos
Direção : Russell Mulcahy
Roteiro : Leroy F. Aarons
Elenco : Sigourney Weaver / Ryan Kelley / Henry Czerny / Dan Butler
Género : Drama
Idiomo: inglês
Lançamento : 2009
Players for Bobby (Rezando por Bobby) é um filme pra
fazer pensar. Baseado na obra homônima do autor e Leroy
F. Aarons e dirigido por Russell Mulcahy. Vemos
uma tradicional família Americana, muito religiosa e a princípio unida. Na
lista de personagens encontramos uma avó um tanto quanto rabugenta, uma mãe que
acredita piamente na Bíblia e na Igreja Presbiteriana, um pai que responsável e
competente em amar sua família e por fim vemos os filhos e dentre eles está
Bobby, um garoto homossexual.
No desenrolar do filme a mãe (Mary - Sigourney Weaver)
descobre sobre a homossexualidade do filho ( Bobby - Ryan Kelley) e se
empenha em “cura-lo”, independente de suas vontades e sentimentos. A mãe
acredita que a união de sua família no paraíso está ameaçada pelo pecado do
filho. Ela sobre, teme e lança de todo que sabe para ajudar o filho a se “tornar”
um heterossexual livre do pecado. Prega frases bíblicas sobre a casa, leva o
filho à uma psiquiatra, conversa e pressiona.
O garoto, Bobby, faz o possível para agradar sua mãe. Se
encontra muito confuso e sofre muito, não entende a condenação de Deus teria
feito sobre ele e deseja acima de tudo se tornar aceitável para sua mãe.
Conforme vê que seu empenho para “mudar” é em vão o garoto se aproxima dos
seus impulsos, passa a frequentar boates, mas também, ainda temeroso à Deus
encontra uma Igreja Contemporânea, que aceita a homossexualidade e não a dispõe
como pecado.
A mãe não aceita o filho como é, em diversos momentos
entram em conflitos até que uma prima, de mente aberta e bom humor com a vida,
o leva para passar um tempo em sua cidade. Bobby precisava de um pouco de paz e
liberdade. Na outra cidade senti-se livre, a prima o leva a lugares e se
divertem muito. Numa ida á boate a prima lhe apresenta um amigo, que mais tarde
se tornaria seu namorado. A família desse
novo rapaz é diferente da de Bobby, o aceitam e valorizam. Isso de carta forma
contribui para a confusão na cabeça de Bobby, que embora esteja distante e
feliz ainda desejava o conforto e aceitação de sua família. O namoro seguia
feliz, embora Bobby ainda se sentisse desconfortável com os carinhos do
namorado, sentia que deus o olhava e julgava.
Os dias felizes de Bobby na
cidade da prima findavam e ele precisava voltar para sua família. No retorno
contou para a mãe que tinha conhecido um garoto, a mãe não suportou. Recusou-se
a ouvi-lo e lançou a sentença “ não teria um filho gay!”. E não teria mais,
lançou seu adeus a Bobby que partiu com seu coração infeliz despedaçado e com a
incerteza sobre um dia ser aceito pela mãe.
Em meio a todo sofrimento uma
tragédia muda a vida da família. Todos
são postos a prova, a dor é imensa e exige que conceitos sejam repensados. Não declararei
tal tragédia, deixo para os que decidirem assistir o filme, mas esse é o marco
que mudará os conceitos da mãe de Bobby. Em meio a desesperos e duvida ela
procura o pastor da Igreja Contemporânea, debate com ele pontos da bíblia (dentre
eles: a condenação aos homossexuais, o apedrejamento de mulheres que não se
casam virgem e a morte à crianças desobedientes). Os debates se seguem entre mãe
e o pastor, que por fim convida a mãe para conhecer um grupo de pais e amigos
de homossexuais. Nesse grupo ela conhecerá tantas outras historias como a sua,
verá que sua família não é a única a
lidar com essa situação.
O filme termina com uma
mudança total na visão dos personagens sobre a questão da homossexualidade até se tornando ativistas.
É um filme, sobretudo para
quem aceita dialogar sobre a vida. Pode mudar a maneira de alguns
sujeitos pensarem sobre a homossexualidade, o amor e a família. Contem muitas
certas fortes que farão os sensíveis eclodirem em choro! Os conflitos e preconceitos
da religião são discutidos com lucidez. Recomendo esse filme para os que têm
duvidas, para os pais que procuram respostas e especialmente para aqueles que
precisam entender como a vida é valiosa demais para sermos odientos.
Convido a todos os leitores
a assistirem o filmes, e mesmo antes podem se questionar. Será que o pecado
está acima do amor? Será que vamos deixar de amar as pessoas que sempre foram
tão valiosas para nós por um “pecado” da homossexualidade? E afinal é ou não
pecado, quem pode julgar isso entre os meros humanos?
Orações para Bobby - Prayers For Bobby
4/
5
Oleh
Professor Augusto Junior