Cheguei ao fim do terceiro livro da serie com aquela mesma
sensação boa de satisfação e desejo de ler mais. Douglas Adams é daqueles
autores de inegável genialidade. A sua escrita flui de maneira inteligente e
faz jus ao termo “envolvente”. Não é apenas uma literatura que nos puxa de um
lado para o outro, vai além, é uma historia que nos faz mergulhar e também
voar, nos diverte e nos deixa tensos, nos seduz e nos intriga.
Nos volumes anteriores já havia sido agraciado com as mais
diversas loucuras e coisas fantásticas promovidas por Douglas Adams nos livros
anteriores, nesse não foi diferente. (spoiler) Preciso avisa que nosso amigo
Marvin está de volta (quase tive um ataque do coração com sua possível
destruição no livro anterior). O retorno de nosso robô maníaco-depressivo traz
consigo aquela pitada de humor fascinante que só o autor sabe como atingir.
Temos muitos outros momentos divertidos e absurdos também. O Conflito desse
volume gira em torno da chamada Guerra de Krikkit, que tem pouco a ver com o
esporte críquete e muito mais a ver com massacres de povos inteiros.
Arthur, Ford e Slartibartfast (lembram-se dele?) parte em
missões não muito bem sucedidas para tentar evitar que a Guerra de Krikkit destrua
a vida, o universo e tudo mais. Em determinado momento da trama eles
reencontram Trillian (que mostra seu potencial de raciocínio rápido e
inteligência) e Zaphod que depois de uma crise existencial volta a ser o mesmo
de sempre. Vamos mortes, guerras, tramas do tempo muito malucas e as aventuras
( e desventuras) que sempre envolvem nossos protagonistas.
Uma coisa que eu gostei demais é das orientações que o Guia dá sobre como voar. Ele diz o seguinte:
Há toda uma arte, ele, dia, ou melhor, um jeitinho para voar.
O jeitinho consiste em aprender como se jogar no chão e errar.
Encontre um belo dia, ele sugere. e experimente.
A primeira parte é fácil.
Ela requer apenas a habilidade de se jogar para a frente, com todo seu peso, e o desprendimento para não se preocupar com o fato de que vai doer.
Ou melhor, vai doer se você deixar de errar o chão.
Muitas pessoas deixam de errar o chão e, se estiverem praticando da forma correta, o mais provável é que vão deixar de errar com muita força.
claramente é o segundo ponto, que diz respeito a errar, que representa a maior dificuldade.
Um dos problemas é que você precisa errar o chão acidentalmente. Não adianta tentar errar o chão de forma deliberada. Porque você não irá conseguir. É preciso que sua atenção seja subitamente desviada por outra coisa quando você está a meio caminho, de forma que você não pense mais a respeito de estar caindo, ou a respeito de estar caindo, ou a respeito do chão, ou sobre o quanto isso tudo ira doer se você deixar de errar.
É reconhecidamente difícil remover sua atenção dessas três coisas durante a fração de segundo que você têm a sua disposição. O que explica por que muitas pessoas fracassam, bem como a eventual desilusão com esse esporte divertido e espetacular.
Eu particularmente não recomendo que vocês tente voar. Dói pra caramba e é muito difícil obter sucesso. Claro que alguém na historia vai aprender bem a manha de voar, nosso amigo terráqueo Arthur Dent. Como e em que circunstancias loucas isso acontece, só lendo o livro pra vocês saberem.
A vida, o Universo e Tudo mais ( Volume três da série Mochileiro das galáxias)
4/
5
Oleh
Professor Augusto Junior
1 comentários:
Escrever comentáriosHeey!
ResponderSou muito fã dos livros do Douglas Adam, preciso urgentemente ler "A Vida, o Universo e Tudo Mais", pelo visto é excelente e é justamente onde eu parei na série haha
Abraços!
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