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domingo, 21 de junho de 2015

Milly, Molly e Papais Diferentes


Milly, Molly e Papais Diferentes

Por Gill Pittar; Ilustrador por Cris Morrell; Tradução: Tatiana Belinky e Ricardo Gouveia

A série de Livros Milly, Molly foi escrita para promover a aceitação da diversidade e valores sadios para a educação do caráter.

Milly e Molly aprendem como os papais podem ser diferentes.

Valor: aceitação da Diversidade familiar.

Aditora Geração Editorial; 24 paginas





O livro é singular! Apresenta-nos a diversidades das famílias e nos abre espaço para o dialogo com as crianças. Quando comprei o livro imaginei que poderia se tratar apenas de uma historia sobre família homoafetiva, mas ele foi ainda melhor, pontuou tantas outras configurações e ainda se encerou com uma sugestão de trabalho para o professor. Ele compre com maestria uma função social de maneira inteligente e respeitosa. 

Inicialmente uma das personagens chaga à escola chorando e ao ser questionada pela professora então conta que seu Pai fez a mala e saiu de casa. A partir disso a professora chama os alunos para uma roda da conversa sobre os pais de todos. A partir daí os alunos vão falando sobre seus pais. O pai de um está no hospital, outro tem DOIS pais, o pai de um está longe no exercito, o de outro está sempre em casa, um pai tem duas famílias, o outro está numa cadeira de rodas, um pai adotou o filho, um tio cuida da criança como se fosse pai, o pai de outro e cego, o pai de um já faleceu, e o pai de Sophie é Surdo! 

Assim as crianças têm através da historia uma visão ampla dos tipos de famílias. E entendem que todas as famílias são preciosas. Eu tenho muitos alunos filhos de paios separados e com isso vou pegar um gancho nessa historia para usa-la em sala de aula. Quando o livro termina encontramos um “Guia do Professor”, com uma proposta para o uso do livro que conta com apresentação do livro, identificação dos personagens, leitura do livro, reconto feito pela criança e atividade para escrever, contar, fazer e praticar. Vou seguir essa linha dialogando com meus alunos, discutindo sobre a diversidade das famílias de maneira positiva e concluindo as propostas que o livro indicou.

Acredito que esse livro deveria estar em todas as bibliotecas escolares e que ainda deveria constar que os professores deveriam utilizar dele. É importante construir diálogos assim com os alunos, mostrar a eles as possibilidades, diversidades e as coisas boas de cada família. Muitas crianças sofrem, por exemplo, com a separação dos pais como se isso “quebrasse” suas famílias. O livro aqui seria uma maneira de introduzir, preparar espaço, para o dialogo. O melhor é que ele se expande, vai até a questão da homoafetividade, passa pela questão do falecimento, fala de distanciamento, adoção, trabalho e por fim chega aos pais que são pessoas com deficiência. A obra está encantadora e digna de prêmios. 

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Sugestão de Atividade com folha:
Imprimir e trabalhar com os alunos.


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Criaturas de Harry Potter: Mandrágora

Mandrágoras me lembram de dois filmes: O labirinto do Fauno e harry Potter. Não é de hoje que ela é associada ao mundo da magia e seus formatos curiosos contribuem muito para fazer ferver a imaginação. Em harry Potter a raiz da mandrágora pode ser usada para reavivar os que foram petrificados. Eu achei muito engraçado e curiosa a foram como elas vivem e se desenvolvem no livro Harry Potter e a Câmara Secreta. No livro por se ter um espaço maior para desenvolver a narrativa, vemos muito mais trechos interessantes comentando sobre elas, no filme se resume ao uso delas em poção e o grito de morte que elas tem. A professora de Herbologia, Pomona Sprout, passa um trabalho com mandrágora aos alunos de segundo ano e instrui a usar protetores de ouvido ( Nevile subestima as mandrágoras e acaba desmaiando, teve sorte por serem bebês ainda, no estagio adulto o grito delas teriam lhe matado). Sprout deixa claro " Como suas mandrágoras são pequenas, os gritos ainda não matam, mas elas podem deixar vocês desmaiados por horas..."



Mandrágora
Aparição em Filme: Harry Potter e a Câmara Secreta
Localização: Estufas, Hogwarts
Descrição do Livro Harry Potter e a Câmara Secreta, capitulo seis: Em vez de raízes, um bebê pequeno, lamacento e muito feio saiu da terra. As filhas cresciam diretamente da cabeça dele. Tinha pele verde-clara manchada e berrava com todas as forças. 



Sobre a Mandrágora:

A mandrágora, cientificamente denominada Mandragora officinarum L.,é um vegetal pertencente à família das Solanaceae. Ela é famosa por supostamente apresentar algumas qualidades de natureza medicinal, tais como atributos afrodisíacos, alucinógenos, analgésicos e narcóticos.


Mandrágora
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Solanales
Família: Solanaceae
Gênero: Mandragora
Espécie: Mandragora officinarum

Esta planta é constituída por seis tipos de ervas perpétuas, desprovidas de troncos, dispostas na forma de diminutas rosas com folhas no formato oval, providas de imensas raízes divididas em dois ramais semelhantes a feições humanas. Elas estão disseminadas pelos territórios mediterrâneos, e chegam a alcançar o Himalaia. As frutas por elas produzidas são similares a uma minúscula arma, uma espécie de porrete, e têm um intenso mau cheiro.

A expressão que denomina este arbusto provém do termo grego que significa planta, e há a possibilidade desta palavra ser uma alteração do vocábulo assírio ‘nam tar ira’, que tem o sentido de ‘droga masculina de Namtar’, pois este vegetal tinha a fama de erradicar o problema da esterilidade.

A utilização da raiz deste arbusto é bem remota. Encontram-se referências a ela nas Escrituras, nas passagens do Gênesis30:14 e do Cantares 7:13. Ela também está presente nos mitos da Idade Média; dizem as lendas que as raízes tinham que ser arrancadas da terra sob a luz da lua cheia, trazidas do subterrâneo por uma corda amarrada a um cachorro de cor preta. Se outro bicho ou um humano realizasse o mesmo trabalho, a raiz ‘vociferaria’ de tal forma que o ser morreria.

Suas virtudes narcóticas e alucinatórias foram amplamente manipuladas em ritos mágicos e na prática da bruxaria ao longo da Antiguidade e da Era Medieval. Algumas histórias também relatam que a semente desta planta era justamente o sêmen masculino de um indivíduo que teria sido morto em uma forca.




Na ficção esta planta é amplamente citada. Na peça teatral Romeu e Julieta, de William Shakespeare, crê-se que ela é o ingrediente principal da poção que a jovem ingere para simular sua morte. Na obra literária Harry Potter, de J. K. Rowling, suas raízes são as protagonistas de uma aula de herbologia; neste livro destaca-se seu poder de matar as pessoas com um grito.

No filme O Labirinto do Fauno, a mandrágora é utilizada como substância que pode atenuar as consequências da gestação difícil da mãe da heroína Ofélia. No jogo para Playstation 2, Odin Sphere, ela é usada na preparação de diferentes medicamentos para os mais distintos objetivos.

Ela se torna a personagem principal do mangá – quadrinhos japoneses – Mx0, no qual esta planta adota o formato humano por se encontrar em um campo dotado de poderes mágicos. E também é mencionada na canção ‘Poisoner’, da banda Ali Project. Na animação ‘Cavaleiros do Zodíaco’ há uma figura fantástica denominada Queen de Mandragora. Este vegetal é, assim, indicado em várias outras produções artísticas.


Fontes: O livro das Criaturas de Harry Potter, Harry Potter e a Câmara Secreta ( J.K. Rowliing) e Info Escola 

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Discutindo filhos, família e hipocrisia

Laços familiares



                                                                                                       
Dentre as coisas que mais quero na vida está a paternidade, situada entre os pilares que objetivam meu viver. Em cima disto discuto e debato quase diariamente comigo mesmo ou outras pessoas sobre o direito de constituir uma família e de escolher ter ou não filhos.
Penso no processo de adoção que por alguns motivos é complicado demais. Por um lado não se pode simplesmente entregar a vida de uma criança nas mãos de alguém que não lhe dê algum garantia de que cuidará bem dela, por outro lado dificultar demais o processo tende a torna-lo desanimador. Talvez vençam os mais persistentes, o que não significa que serão bons ou maus pais.

Lembro-me de uma noticia já antiga de uma mulher que adotou uma criança, mas a torturava. Essa mulher tinha algum cargo que lhe garantia certo status financeiro, hoje não me recordo qual. Se ela usou do status para adiantar o processo de adoção acredito que nunca poderei confirmar. Isso faz pensar numa tabu social, o aborto. Sabidamente mulheres ricas abortam com certa facilidade enquanto mulheres mais pobres muitas vezes viram noticia de jornal por terem morrido em abortos clandestinos. É o dinheiro que comanda o “direito de viver”? A resposta eu deixo para cada um de vocês, leitores.

Falemos agora do casamento homoafetivo e adoção. Há muitas pessoas que se dispõe absolutamente contra isso, afirmam quase sempre que é uma “abominação” perante a Igreja/Bíblia. Colocam-se como defensoras da família e da vida. Bom, já enchi esse parágrafo de demasiadas incoerências. Vamos pensar um pouco. Uma colega minha, católica, numa conversa que tivemos há pouco tempo questionou “não entendo porque os lideres religiosos são contra o casamento dos gays, se estes estão justamente querendo construir uma família enquanto casais heterossexuais cada vez menos se importam em casar”. Achei plausível e sadio o comentário dela, afinal é o que tenho visto. Muitos dos que falam em valores estão justamente invertendo os valores. Não se pode ser a favor da família e proibir que pessoas formem suas próprias famílias, esse tipo de ato é hipocrisia demais. Conheço ainda pessoas que atingem o limite do ridículo e comparam o casamento de dois homens ou mulheres com o casamento de uma pessoa e uma cabra, uma pessoa e uma planta ou até um adulto e uma criança ( e vamos deixar claro aqui que existem religiões que cultuam atos de pedofilia como até de suas culturas e isso não tem nada a ver com homossexualidade, e muito menos recebe atenção critica como se destinam aos homossexuais). Nas relações entre pessoas o que não pode ser permitido é que uma tire a liberdade e dignidade da outra, que abusem dos inocentes e violentem o outro. Se negam aos gays o casamento a adoção então é muito pior. Vejo nisso muita crueldade. Pense bem, dois homens ou duas mulheres que sonham em ter filhos. Podem ser pessoas boas, trabalhadoras e dedicas, caridosas e gentis e mesmo assim negarão à elas a realização desse tão importante desejo.


Por outro lado vemos mulheres que simplesmente não querem ter filho, não por esse ou aquele motivo, mas que apenas não o querem. Nisso, chovem acusações e alcunhas sobre elas. Como se o fato delas não quererem filhos fizesse delas abominações. As acusações e ironias se repetem sempre “quem vai cuidar de você quando ficar velha?”, “vai morrer sozinha”, “não vai deixar um herdeiro”. A mulher que não quer filhos é mal vista, definem que absolutamente deve haver um problema com ela. O fato de ser sua vontade não importa. Temos também as mulheres que abortam e são multiplamente condenadas! Se forem pobres isso já é uma das condenações: estão fadadas ao aborto ilegal e altamente perigoso, muitas morrem e os que se dizem “pró-vida” ficam felizes que elas morram.

Nossa sociedade chegou a um ponto onde nada está bom, porque se uma família resolve ter muitos filhos já vem alguém pra acusar de que querem ser bancados com as bolsas do governo! Nada agrada. Se a idade Média foi vista como a idade das Trevas, talvez no futuro nos enxerguem como a Idade Do Desacordo. Não aceitam quem não quer ter filhos, negam adoção pra quem quer adotar e quem decide ter ainda é vítima de acusações. Afinal, para onde foi o bom senso?

Enquanto as pessoas não se decidem e martelam nessa ideia fixa de bem e mal, certo e errado, retidão e pecado, muita gente morre, os orfanatos estão cheios de crianças órfãs e carentes de amor, mulheres pobres são vitimas de abortos ilegais e ninguém escapa de ser julgado e condenado.


Muito disse e nada disse, uma vez que só falei o obvio, mas no entanto o que podemos fazer é justamente refletir sobre o obvio e descobrir maneiras de reparar nossos erros. Quem sabe com instrução e dialogo construamos uma sociedade mais justa.